“Nunca desista”. Será?
Hoje o papo será mais motivacional do que pensávamos, mas por boas razões. Nesta semana - em clima de olimpíadas - assisti o documentário da Simone Biles na Netflix que mostra a sua jornada desde a sua desistência nas olimpíadas de Tokyo até agora.
Para quem não sabe: A Simone desistiu da competição para focar em sua saúde mental já que havia sintomas e traços que alertavam de que ela não estava bem, seja para competir, seja no seu momento de vida.
Se você acompanhou as olimpíadas, sabe que hoje a Simone deu a volta por cima, conquistando suas medalhas (menos a de solo já que o ouro foi da nossa Rebeca 💗) e voltando a mostrar seu talento para o mundo.
E a verdade é que existe uma certa sabedoria e coragem em desistir. Não só para atletas, mas para profissionais e marcas. Talvez uma das maiores mentiras que nos contam é que não devemos desistir. Mas na vida e em nossos projetos, desistimos, voltamos atrás, fazemos voltas, recomeçamos ou simplesmente trocamos de caminhos. E isso pode nos trazer diferentes e melhores resultados. Desistir faz parte também da estratégia. Vamos para alguns exemplos…
Nos anos 80, a Harley-Davidson decidiu abandonar a produção de motocicletas de pequena cilindrada para focar em suas motos de grande porte e estilo clássico. Essa decisão ajudou a empresa a consolidar sua marca como um ícone do motociclismo de alta cilindrada, criando uma identidade forte e diferenciada.
McDonald's e o McLean Deluxe (1991): O McDonald's lançou o McLean Deluxe, um hambúrguer de baixa gordura, para atrair consumidores preocupados com a saúde. No entanto, o produto não foi bem aceito. Ao desistir do McLean Deluxe, o McDonald's foi capaz de redirecionar seus esforços para produtos que ressoaram melhor com seus clientes, como a linha Premium McWraps.
O projeto do filme "A Nova Onda do Imperador" começou como "Kingdom of the Sun", um épico animado da Disney ambientado no Peru. Originalmente, era para ser um musical dramático com músicas compostas por Sting. Mas após diversos desafios, a Disney desistiu da ideia e iniciou uma outra versão focada em comédia que gerou grandes resultados para a marca. O documentário The Sweatbox aborda sobre os desafios e bastidores do projeto.
Seja em campanhas, produtos, projetos, “desistir” faz parte da jornada criativa e até empreendedora. Precisamos desistir de muitas versões para poder evoluir e crescer em nosso caminho.
A desistência como instrumento da liberdade
Sartre, já nos alertava:
“Somos indivíduos livres e nossa liberdade nos condena a tomarmos decisões durante toda a nossa vida. Não existem valores ou regras eternas, a partir das quais podemos nos guiar.”
Logo, junto da liberdade, nascem grandes responsabilidades. Segundo o filósofo francês, o homem é o único responsável pelas suas escolhas. Terceirizá-las não é uma opção. No entanto, seja a partir de campanhas publicitárias, ou na nossa vida pessoal, às vezes não percebemos que a “não escolha” é também uma escolha.
Ou seja, ao escolher manter as coisas como estão, optando por “não desistir”, faz-se uma decisão (ainda que de maneira inconsciente).
Exemplos práticos de quem “desistiu”:
Morgan Freeman: só foi fazer seu primeiro filme aos 43 anos, após deixar sua carreira como Mecânico da Força Aérea dos EUA. E, aos 50 anos, foi reconhecido quando indicado pela primeira vez ao Oscar como ator coadjuvante.
Tony Hawk: desistiu da sua carreira como jogador de futebol, para se tornar um expoente no skate. Hoje, ele soma 16 medalhas de ouro nos X-Games, além de ter popularizado as competições de skate.
Terry Crews: antes de ser o pai do Chris, o Terry de Brooklin 99, apresentador do X-Factor e um dos caras mais carismáticos da televisão internacional, ele teve que desistir da sua carreira como jogador de futebol americano.
Dados:
🤖 51% das empresas já utilizam a inteligência artificial para automatizar processos de marketing (Fonte: Salesforce)
📢 Vendedores que utilizam estratégias de social selling, como o LinkedIn, são 51% mais propensos a atingir suas metas de vendas (Fonte: LinkedIn Sales Solutions)
📱 71% dos consumidores são mais propensos a comprar produtos ou serviços baseados em referências de redes sociais (Fonte: Hubspot)
Updates:
Instagram atualiza métricas com foco em visualizações
X (Twitter) está perto de lançar seu serviço de pagamento
Mercado Livre se torna a empresa mais valiosa da América Latina
OpenAI quer lançar marca d’água invisível para textos gerados por IA
Como a Nomad está se posicionando no mercado global 🎙️
No novo episódio do Podcast em parceria com o MMA Latam, converso com a Thais Nicolau, Diretora de Marketing da Nomad sobre um novo momento de marca e também as estratégias recentes focadas em awareness. Thais compartilha sua visão sobre as estratégias e visões adotadas frente aos desafios de educar e atrair os brasileiros para o investimento internacional.
🎙️Confira um dos cortes em que ela fala sobre a campanha com Will Smith:
Em sua carreira, Thais se sobressaiu na liderança de campanhas inovadoras no Brasil, EUA e América Latina. Com seu trabalho transformador no Mercado Livre e Burger King, Thais elevou a reputação e o market share dessas marcas. Em 2023, foi reconhecida como uma das Top 10 CMOs do Brasil pela Associação Brasileira de Anunciantes.
Os episódios desta edição serão divulgados todas as quintas-feiras às 10h no Spotify e Apple Podcasts do Marketing & Negócios e no Youtube do Marketing Future Today.
“Eu sempre posso escolher, mas devo saber que, se não escolher, ainda estou escolhendo.”
Até a próxima semana! Todas as sextas na sua caixa de entrada ✉️