Nomad e Will Smith: a Fintech brasileira que alcançou hollywood
Crescer para se posicionar ou se posicionar para crescer?
Antes mesmo de chegar no aeroporto, na última segunda-feira, já me deparei com dezenas de placas ao redor de Guarulhos com o rosto de uma figura familiar e simpática: Will Smith, junto de um fundo amarelo escrito Nomad.
Dentro do aeroporto, essa mesma imagem continuava a aparecer, convidando-me para conhecer o Lounge da Nomad no aeroporto. Felizmente, semanas antes eu havia solicitado o meu cartão e atingido o nível 2 (uhul!), de modo que eu poderia aproveitar o lounge antes de longas horas sem esticar as pernas.
A experiência foi sensacional do início ao fim: uma sala moderna, nova, com rápida conexão Wi-Fi, uma seleção de bebidas alcóolicas e não alcoólicas, além de um buffet repleto de brasilidades para degustar.
Do ponto de vista como cliente, aproveitei as horas pré-voo para descansar. Já da perspectiva marketeira, tive uma aula de posicionamento de marca e lembrei da conversa que a Rafa teve com a Thais, Diretora de Marketing da Nomad.
Na conversa, a Thais explicou que a marca nasceu em 2020, no Brasil, como uma opção de cartão de débito internacional, a salvação para quem quer fugir de levar dinheiro em espécie ou pagar um câmbio flutuante e altas taxas por meio dos cartões de crédito internacionais.
Ou seja, a empresa surge em um contexto em que as pessoas começaram a aderir cada vez mais ao nomadismo. No mercado brasileiro, os “devs” (programadores/desenvolvedores) se destacam como clientes recorrentes, já que muitos trabalham para empresas baseadas nos Estados Unidos ou Europa e usam a Nomad como um cartão sem anuidade para receber e converter seu salário.
Desafios do posicionamento
Um dos pontos que a Thais trouxe em sua fala é que a Nomad não esperou se tornar uma grande marca para depois focar no seu posicionamento. Pelo contrário, o mercado financeiro/bancário exige reputação, logo, a Nomad começou a pensar em posicionamento desde o zero, não somente após estar consolidada no setor.
A campanha junto ao Will Smith vem em um momento que a empresa está se verticalizando, criando novos produtos e oferecendo opções de investimentos internacionais. Ou seja, ela não quer ser vista somente como um meio pelo qual o dinheiro passa, mas sim como um destino para os investimentos dos seus clientes.
Entender a IA como algo que vem para ficar e não somente um hype, foi um dos pontos que fez a Nomad utilizar esse recurso para internacionalizar a sua campanha e mostrar que eles podem sim romper fronteiras linguísticas.
Late Adopters: para pessoas menos conectadas ao mundo digital ainda é difícil entender e acreditar em bancos digitais. Então, ao mesmo tempo que esse é um público potencial, existem desafios para chegar até eles. Ou seja, todo um trabalho educacional precisa ser desenvolvido.
Fato interessante: o Will Smith nunca tinha feito nenhuma publicidade na vida! O que fez ele se unir à Nomad? Segundo a Diretora de Marketing, foram duas principais razões:
O propósito da empresa, o Will Smilth tem uma Venture Capital e está dentro do mundo dos negócios e das finanças; e
O fato de ser uma campanha para o Brasil, os brasileiros possuem uma grande representatividade na sua audiência (mais de 20%!) e ele nutre um carinho pelo nosso povo. Ficou curioso? Clique aqui para assistir ao comercial!
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Dados:
📈 O número de contas ativas de brasileiros em Fintechs saltou de 142 milhões, em 2022, para 251 milhões, em 2023. Um crescimento de 77%! (Zetta)
📱14% dos brasileiros têm conta apenas em bancos digitais. (Data Folha)
🇺🇸 Os investimentos de brasileiros no mercado financeiro internacional somaram US$ 45,18 bilhões em 2023, alta de 12,5% em relação a 2022. (Banco Central)
💵 Nem tudo são flores. Mais da metade, 54%, dos brasieliros bancarizados ainda sacam dinheiro em espécie. (Data Folha)
I've always considered myself to be just average talent and what I have is a ridiculous insane obsessiveness for practice and preparation.
Will Smith