Pluralidade
Costumo dizer o quanto a minha carreira é plural ou “multi”, já que sou empreendedora, podcaster, redatora, profissional de marketing, vendedora, entre outras variações rs.
E nessa jornada “multi”, tem horas que precisamos pausar algumas destas caixinhas para se dedicar a outras. No último ano precisei pausar a newsletter para me dedicar aos meus outros projetos, incluindo o Podcast, que cresceu muiiitoo nos últimos meses (e estamos muito felizes com isso!).
Mas agora está na hora de voltarmos com a newsletter, mas de um outro jeito…
Vamos conectar histórias, cultura e aprendizados reais com temas do mundo do marketing e negócios.
E agora temos mais uma integrante por aqui, a Ju, que também é “multi” assim como eu rs. Espero que gostem!
Oi pessoal! Eu sou a Ju. Meu currículo profissional envolve um diploma em Direito (quase que empoeirado), alguns anos de trabalho no mercado financeiro e mais tantos outros na área de marketing, conteúdo e redes sociais. Tenho 26 anos e hoje me enquadro como uma nômade digital.
Aos 24 anos, passei um ano morando na França e depois segui viagem até a Ásia, onde fiz um mochilão de 7 meses, impulsionei minha carreira no marketing e também no digital. Gosto de falar sobre negócios e empreendedorismo, mas sou fã mesmo é de histórias, cultura e aventura.
Por isso, prometo que essa news vai trazer leveza para você, sem abrir mão de uma boa informação e trend!
O que ser mochileira na Ásia me ensinou sobre criação de conteúdo
Em meados de janeiro, enquanto vivia em Hanói, peguei uma gripe que acabou comigo. Após alguns dias lutando contra a necessidade de tomar remédio, me dirigi até uma farmácia. Logo de cara, vi um anúncio bem grande com várias pessoas fazendo “cara de espirro” junto de palavras em um alfabeto indecifrável anunciando a salvação para o meu resfriado.
Apesar de feliz, por ter encontrado a solução para as noites mal dormidas, aquele anúncio me fez refletir:
Todas as pessoas daquela propaganda eram vietnamitas, ou seja, possuíam uma fisionomia oriental. E apesar dos meus olhos levemente puxados, acho que essa foi a primeira vez, depois de 3 meses pela Ásia que eu fui realmente impactada por um anúncio oriental, que me fez questionar “por que ninguém nesse anúncio é ocidental?”
2 segundos depois, me recordo que é porque estou do outro lado do mundo, onde ninguém se parece comigo 😐
E bom, essa marca de remédios vietnamita vende para vietnamitas , eles não vão colocar uma modelo loira ocidentalizada no seu anúncio. Eles vão dialogar com quem eles querem vender. Marcas buscam identificação com os seus compradores e apesar de óbvio, naquele momento, isso pareceu quase que como uma revelação.
Só que quando a gente analisa a venda de produtos no mundo atual, o desafio se torna maior. As marcas não estão dialogando apenas com uma nacionalidade, certo? Uma marca dialoga com idades, sexos, gêneros, gostos e interesses diferentes 100% do tempo. Existem pluralidades dentro das pluralidades.
E é aí que entra o papel dos creators como canal de vendas para as marcas. No episódio #55 do Podcast Marketing & Negócios, a Rafa conversou com a Nohoa Arcanjo. Dentre diversos temas pertinentes ao universo dos creators, a Nohoa tocou na pauta da diversidade aliada à criação de conteúdo.
Durante a conversa, ela fala sobre essa preocupação das marcas em abordar diferentes grupos e tribos, essa consciência de que cada um deles vai demandar uma comunicação distinta. Ou seja, a marca vai buscar ativamente essa diversidade no ecossistema de creators, para ter uma conversa direta com o público que ele já atinge naturalmente na sua produção de conteúdo.
O interessante disso é que a representatividade sai de uma pauta com viés social, para se tornar um instrumento de venda. A marca passa a entender a abordagem da diversidade como uma ferramenta comercial: “quanto mais personalizada e assertiva é a minha comunicação, com mais qualidade eu me conecto com estas pessoas”.
Riachuelo: Olimpíadas e Jornada do Cliente
Quando eu entrevistei a Cathyelle Schroeder, CMO da Riachuelo, a primeira pergunta que fiz foi “Qual palavra define trabalhar no varejo de moda?” e ela respondeu “Emoção!”. O papo acontece, e percebemos que a emoção não só definia o varejo, mas também as olimpíadas. A Riachuelo é parceira do comitê olímpico e foi a responsável pelos uniformes brasileiros.
Seja você gostando ou não dos uniformes, o que tem por trás dos bastidores mostra diversos detalhes e história muito interessante. Todas as jaquetas produzidas foram produzidas pelas bordadeiras do projeto Pró Sertão da marca, inclusive, algumas delas estiveram presentes em Paris emocionadas ao ver seu trabalho sendo reconhecido mundialmente (veja este vídeo aqui).
Um dos pontos que comentamos é sobre a jornada do cliente e como ela está se tornando cada vez mais hiperconectada. Segundo ela:
“Cada vez mais, o nosso olhar é para a experiência que a gente quer gerar, independente do ponto de contato com o cliente. A nossa busca é incessante para que seja uma jornada mais fluida, para que a gente tenha menos atrito, seja no momento da loja ou do digital. Inclusive esse consumidor, às vezes, vai comprar no digital e retirar na loja, ou compra no digital e quer trocar na loja.
São tantas dinâmicas interconectadas que para a gente é muito mais um de comportamento de como ele está evoluindo do que de fato como a gente quer tratar cada canal. É olhar para esse consumidor e para qual o comportamento dele hoje”.
🎙️ Assista o episódio completo da edição especial com MMA Latam:
Dados:
Dos 10 milhões de criadores de conteúdo no Brasil, apenas 1% deles subsiste integralmente da renda gerada pela criação de conteúdo. (Ep. #55 do Podcast Marketing & Negócios)
1 em cada 3 usuários brasileiros já comprou algo que conheceu no TikTok - Opinion Box - Relatório TikTok 2024
46% dos usuários do TikTok seguem alguma empresa ou marca - Opinion Box - Relatório TikTok 2024
61% dos brasileiros pesquisam as marcas nas mídias sociais - Global Web Index 2024
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🪽 Somos assim. Sonhamos o voo, mas tememos as alturas. Para voar é preciso amar o vazio. Porque o voo só acontece se houver o vazio. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Os homens querem voar, mas temem o vazio. Não podem viver sem certezas. Por isso trocam o voo por gaiolas. - Rubem Alves
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