Quando o produto é uma comunidade
Em um final de domingo chuvoso, eu estava sentado na frente do meu computador, tomando meu último gole de café e desenhando a estratégia de mais um lançamento de infoproduto.
Parecia ser só mais um começo de um projeto: aquele frio na barriga, aquela curiosidade sobre o projeto, e aquela vontade de executar com uma pitada de “como serão nossos próximos dias”...
Mas esse infoproduto não era apenas um curso com aulas, ebooks, e um certificado no final.
Ele era um organismo vivo, que era alimentado diariamente, e gerava muitos frutos, antes mesmo de o aluno terminar de assistir todo conteúdo disponível para ele.
Esse “produto” era uma comunidade.
Preparar o fluxograma, e todos os entregáveis do projeto, foi feito rapidamente, afinal, já era uma modelagem bem conhecida por mim e todo o time.
Mas foi na hora de pensar nas possíveis narrativas que eu poderia usar para fazer toda campanha de vendas e convidar mais pessoas para essa comunidade, que eu tive que parar para refletir…
Uma boa narrativa de vendas consegue costurar todas as argumentações lógicas que sustentam as ideias e faz uma pessoa, sem nível de consciência pela marca ou produto, desejar a solução para um problema que ela tenha ou possivelmente nem saiba que tenha.
Ou seja, a narrativa nasce do produto ou serviço, e posteriormente é conectado a um evento (alguma maneira de fazer essa pessoa conhecer o meu produto ou serviço). Em seguida é desenvolvido os anúncios, criativos, ou comerciais - o primeiro momento que a minha persona entra em contato com a minha marca.
👉Resumindo: Pensa-se primeiramente no produto, posteriormente em como apresentá-lo, e por último, em como chamar a atenção das pessoas para conectar todos esses pontos através de uma, ou várias narrativas.
Um produto soluciona uma dor, um desafio, uma dificuldade, ou ele pode se tornar simplesmente um “objeto de desejo”.
Então para criar uma boa narrativa, antes eu tenho que entender muito profundamente sobre a minha persona: quais são seus objetivos? Quais seus maiores desafios? O que está impedindo ela de chegar onde almeja? Qual a verdadeira dor que minha solução resolve?
Bom, eu sei que até aqui você já entendeu, mas e a comunidade?
Então eu comecei a me perguntar…
Qual dor a comunidade resolve? Qual objetivo que as pessoas que estão dentro da comunidade querem alcançar? Qual desafio a comunidade está ajudando as pessoas a resolverem?
🤔 E essas perguntas não estavam fazendo muito sentido….
Pergunte-se: O que une essas pessoas?
Cada pessoa que já estava lá dentro estava em um momento diferente, tinha objetivos diferentes, inclusive profissões diferentes e muito menos estavam buscando por uma “simples” aula que iria resolver seus problemas.
☝️ Então veio a pergunta mais óbvia possível: “O que une essas pessoas, mesmo com realidades tão distintas?”
E foi aí que aquele suspiro e o sorriso apareceram…
Elas estão ali, por um movimento que elas acreditam, por uma causa que elas defendem, por um propósito que as representa.
E foi construindo as narrativas com base em um propósito que une a minha persona, que conseguimos bater todas as metas desse lançamento, não só a de faturamento, mas também com uma satisfação altíssima das novas integrantes dessa comunidade - principal fator de validação da narrativa: trouxemos e vendemos para a pessoa certa.
☝️ Ou seja, muitas vezes não é apenas a solução de uma dor que vai fazer você vender o seu produto, e esse ponto se torna ainda mais sensível quando falamos de comunidade.
Você tem que arquitetar a união e desenvolvimento dessas pessoas em grupo, pensar principalmente na experiência que esse comunidade vai vivenciar e em toda jornada que essas pessoas vão percorrer participando dela, e muitas vezes, vivenciar, pois uma comunidade não é um produto com começo meio e fim, ela é um “organismo vivo” e uma boa comunidade promove uma experiência diária.
Una as pessoas por um movimento, um propósito, uma causa, e promova uma experiência única, e você estará no caminho certo para desenvolver sua narrativa e fazer sua comunidade crescer.
Meu nome é Johann Finger, sou o fundador da Monalisa Productions, e caso queiram tirar alguma dúvida, é só me chamar no meu Instagram @johannfgr e podemos conversar.
Muito obrigado pela sua atenção, e espero ter gerado algum Insight com essa história.
Uma ótima semana a todos!
Novo episódio no ar!
Rafaela Frankenthal é co-fundadora e CEO da SafeSpace, uma plataforma de compliance para gestão de má conduta nas empresas. A startup foi criada em 2020 e nasceu com uma proposta inovadora: ser uma plataforma digital capaz de prevenir, comunicar e resolver problemas de comportamento no trabalho de forma rápida, prática e eficaz, substituindo os antigos e obsoletos canais de denúncia analógicos e contribuindo para a construção de uma cultura de confiança dentro das empresas.
👉 Conversamos sobre sua jornada empreendedora, desafios de vendas e desenvolvimento de produto e a importância do compliance nas empresas. Confira:
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