Você já escolheu uma marca pela “vibe” dela?
Estes dias consumi alguns vídeos de creators e profissionais de marketing (como este aqui) falando sobre como as estratégias de marketing das marcas podem ser guiadas por uma “vibe” e não necessariamente por um storytelling.
Logo que vi esta reflexão, pensei comigo que há diversas marcas que eu consumo justamente por conta da sua vibe, sejam marcas de produtos físicos, páginas de conteúdo, newsletters ou até pessoas!
Quem nunca passou a seguir um creator só pela vibe que os conteúdos dessa pessoa passavam?! O modelo aesthetic ganhou força nas redes sociais muito por conta disso. Em meio a um boom de informações,conteúdos de entretenimento e cores na nossa timeline, os conteúdos aesthetic passa uma vibe calma, de organização e inspiração.
Eu acompanho uma newsletter que passa uma vibe muito gostosa de espiritualidade e crescimento, e é isso que me faz ler literalmente todas as suas edições - O mesmo serve para uma marca de roupas fitness, que apesar de o valor dos produtos ser acima do que costumo comprar, é uma marca que passa uma vibe diferente das outras - Está aqui uma nova forma de vantagem competitiva? 👀
E talvez aqui esteja um insight poderoso para as marcas…
No fim do dia, nas redes sociais, estamos rolando uma tela com uma chuva de conteúdos diários e informações. Conteúdos de diferentes “vibes”, alguns mais inspiradores, outros que nos fazem refletir, alguns que nos fazem rir e compartilhar, outros mais negativos (política e notícias ruins, por exemplo), outros mais persuasivos. No fim, nossas emoções são impactadas pela forma como consumimos os conteúdos nos meios digitais, e aqui entra uma oportunidade bacana para as marcas.
Estratégias como storytelling (que são muito usadas nas redes sociais) começam a perder o sentido em muitos momentos quando os formatos passam a se tornar cada vez mais curtos e a atenção do consumidor pulverizada.
O que marca o consumidor está atrelado a emoção. “Este vídeo me trouxe um insight legal, me fez me sentir segura e bem”, “Esta newsletter me atualizou de algo, me faz me sentir bem”, “Este conteúdo me provocou a algo, me deixou ansioso para mudar minha rotina”. Seja uma marca de suplemento fitness ou uma marca de maquiagem, ambos podem gerar vibes diferentes para os seus clientes e podem utilizar isso ao seu favor.
Na prática…
Se eu sou uma marca de beleza e meu público são mulheres da geração millennial eu posso criar inúmeras maneiras de construir e comunicar a vibe da minha marca, desde criar um senso estético atrelado a personalidade desse meu público, até compartilhar conteúdos que atinjam uma certa emoção ou sentimento (calma, inspiração, segurança) de forma constante nessas mulheres. Algo como um “aconchego” para essas mulheres.
Do oposto, se eu tenho uma marca que está atrelada a um suplemento fitness e eu quero passar a vibe de produtividade e movimento, meus conteúdos e elementos visuais serão muito mais atrelados a como eu posso inspirar esse público a fazer algo naquele dia a respeito da sua saúde. A vibe do “empurrão” que o público precisa.
Faça o exercício, reflita quais marcas/creators você consome justamente pela sua vibe! E qual a vibe que você quer construir e gerar com a sua marca?
Dados
Black Friday 2024: Cerca de 62% dos brasileiros pretendem fazer alguma compra, seja ela de um produto ou serviço, no período especial de ofertas. Também a maioria (67%) acredita que estará em condição financeira igual ou melhor do que estava na Black Friday de 2023 para fazer compras.
51% dos consumidores se sentem frustrados quando recebem conteúdos irrelevantes, e 41% afirmam que as mensagens não refletem suas necessidades e desejos. Essa desconexão, muito comum de acontecer principalmente nas mídias sociais, cria uma barreira que pode prejudicar o relacionamento com a marca. Isso certamente leva alguém a deixar de seguir uma marca. (Fonte: @rafaelkiso - Marigold 2024)
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"Conhecer a si mesmo é o começo de toda sabedoria. Não se trata de perfeição, mas de um processo contínuo de compreensão de nossas emoções, nossos pensamentos e nossas ações, e de como eles moldam o nosso mundo." — Aristóteles