Você se leva muito a sério?
Eu já recebi aquele feedback bem clássico de terapia “Você se leva muito a sério Rafaela".
Na prática, se levar menos a sério é sobre saber rir de nós mesmos, dos nossos erros, equívocos, expectativas, rotina e assim vai. Ou muitas vezes sobre precisarmos nos deixar levar e abraçar a espontaneidade, a incerteza e a vulnerabilidade.
E não se levar tanto a sério pode abrir caminhos fantásticos de leveza, conexão, produtividade e crescimento. E eu já aprendi muito isso na prática…
Será que a mesma lógica funciona para as marcas?
Um dos grandes movimentos que aconteceram durante e pós pandemia - e que mudou completamente nossa forma de criar conteúdo - foi a ascensão do TikTok e dos vídeos cada vez mais caseiros e espontâneos voltados ao entretenimento e conexão.
Antes, conteúdos de alta produção e qualidade eram fundamentais para qualquer sucesso e credibilidade de uma marca. Com esse movimento que foi impulsionado pelo TikTok, as formas de conexão com a audiência no digital mudaram. Creators cada vez mais nichados, com conteúdos sem muita produção, cômicos, completamente autênticos (às vezes até demais rs) geraram conexões e um nível de viralização que as marcas não puderam ignorar.
E aí que está um insight interessante…
Se as marcas não se deixarem levar e serem abertas a espontaneidade de seus conteúdos e posicionamento, não tem como crescer com as movimentações e tendências do mercado. Se uma marca se levar tão a sério, ela pode perder a oportunidade de criar conexões reais com a sua própria audiência ou audiências em potencial.
É claro que - assim como nós - precisamos entender os limites, características e essência. Mas não nos levar tão a sério é reconhecer isso e ainda sim abrir espaço para que a criatividade entre.
Essa movimentação chegou até no Linkedin. Estou vendo cada vez mais founders se posicionando nas páginas das empresas ou em seus próprios perfis, compartilhando suas vulnerabilidades, opiniões, situações engraçadas e até memes para expor como suas soluções resolvem as dores de seus clientes. Isso gera conexão. Mas é preciso estar aberto para isso, ao risco, às possibilidades e até ao riso!
Nesta semana vi diversos conteúdos que me mostraram exatamente sobre esse ponto.
Um destes conteúdos era uma marca falando sobre os erros que ela cometeu no início da construção do negócio, no que investiram que deram errado, no que deu certo e a forma como eles aprenderam e riram do que aconteceu. O resultado? Audiência comentando dando suas opiniões, elogios e gerando conexão com a marca.
Outro conteúdo foi o da Neutrogena com o Diogo Defante. Este conteúdo (na minha opinião, uma obra de arte rs) merece um grande destaque aqui nesta newsletter, já que representa exatamente o que estamos falando aqui. Um mix da autenticidade do creator com a abertura da marca. Um conteúdo completamente caseiro, com comentários cômicos e um desapego a seriedade. Vale assistir (e rir):
Portanto, vale a reflexão: Você leva a sua marca muito a sério? Como você pode se abrir mais para a espontaneidade, imperfeição e incertezas?
Tem dois episódios novos no ar!
Sou suspeita - já que sou a host do Podcast - mas eu aprendi demais com estes dois últimos episódios que lançamos e indico super o conteúdo!
Neste episódio entrevistei o Rafael Pires, Gerente de Trade Marketing da Smart Fit que nos conta sobre as estratégias e fundamentos do Trade Marketing, desde a aplicação para o varejo até a aplicação para o segmento de serviços. Ele traz sua experiência na área, principais erros feitos pelas marcas, aprendizados e como a Smart Fit se estrutura para olhar e gerir uma estratégia de Trade Marketing.
Já no episódio que lançamos hoje, converso com o Henrique Hegenberg, Diretor de Marketing da Ademicon sobre as estratégias adotadas pela empresa para crescer nacionalmente.
Com unidades de negócio espalhadas por todo o Brasil, a Ademicon tem uma cultura muito forte de engajamento, inovação e educação. Além disso, o BBB ganhou destaque na conversa, já que a marca foi patrocinadora das últimas edições. Henri conta seus aprendizados em marketing, aprendizados em sua carreira e dicas valiosas de mercado!
E se você prefere assistir pelo youtube, confira os episódios no canal da monking.
Dados
Vídeos curtos em plataformas como TikTok têm, em média, um índice de engajamento 2,5 vezes maior do que vídeos longos. Isso ocorre devido à capacidade desses vídeos de reter a atenção dos espectadores, o que é crucial em ambientes com alto volume de conteúdo e menor tempo de atenção (HubSpot Blog) (Yaguara).
Em 2023, o TikTok atingiu 1,5 bilhão de usuários ativos mensais, com a expectativa de alcançar 1,8 bilhão até o final de 2024 (Business of Apps).
O gasto com anúncios em vídeos curtos, incluindo no TikTok, está projetado para alcançar US$ 99,4 bilhões em 2024, com previsão de crescer a uma taxa de 10,04% ao ano até 2028 (Yaguara).
Updates
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"Life is too important to be taken seriously."
- Oscar Wilde